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Ranking das Dietas - 5ª posição Dieta Nórdica


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Como a dieta mediterrânea, ela tenta trazer para outros lugares os hábitos alimentares de uma região específica (no caso, os países escandinavos), incluindo frutas vermelhas, peixes e outros alimentos típicos.


Depois dos aprendizados da dieta mediterrânea, algumas pessoas decidiram mudar o foco e observar a alimentação do povo nórdico. O clima ensolarado e praiano dá espaço para as paisagens gélidas dos países escandinavos (Dinamarca, Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia). Porém, engana-se quem pensa que o prato é digno de um viking.


A dieta nórdica valoriza os alimentos integrais e nutritivos, por isso foi apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um plano alimentar saudável. Qual o problema então? A dificuldade de trazer esses alimentos para o Brasil. "É uma dieta saudável, com boas fontes de gorduras, proteínas e gorduras, entretanto, é uma dieta mais cara e não contempla muitos alimentos do hábito do brasileiro", explica a nutricionista Mariana Del Bosco, uma das juradas do ranking.


O que é a dieta nórdica

A dieta nórdica, originalmente chamada de New Nordic Diet (NND) segue quatro pilares principais. "Saúde, potencial gastronômico, identidade nórdica e sustentabilidade", explica Andrea Bonvini, professora do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi (SP).


Mais do que um plano alimentar, a dieta nórdica valoriza a cultura local desses países. "Além da influência dos fatores ambientais exclusivos dos países nórdicos, como solo, clima, localização e forma de cultivo, nas propriedades dos alimentos, conferindo diferentes sabores, texturas e aromas", pontua a professora.


Esse é um aspecto que pode dificultar seguir todos os ensinamentos da dieta nórdica pelos brasileiros, já que vivemos em uma região com clima oposto. "Essa dieta não se trata de um modismo, mas do enaltecimento da culinária nórdica", destaca Bonvini.


Essa dieta é segura?

Assim como na dieta mediterrânea, a dieta nórdica prioriza um cardápio rico em frutas, verduras e legumes. "Trata-se de uma dieta nutricionalmente equilibrada, baseada em comida de verdade e extremamente nutritiva", pontua Natália Colombo, professora da Pós-Graduação de Nutrição Clínica Funcional e da Pós-Graduação de Nutrição Esportiva Funcional da VP Consultoria Nutricional (SP).


Segundo Fadlo Freigi Filho, endocrinologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a dieta nórdica ajuda a manter a saúde cardiovascular, já que recomenda alimentos antioxidantes. "É o caso das frutas vermelhas, que ajudam a evitar a oxidação do LDL, chamado colesterol ruim, que são os responsáveis pelas placas de arterosclerose", destaca.


Quem fica de fora da dieta são os alimentos ultraprocessados e ainda a gordura do leite, como manteiga, creme de leite e queijos gordurosos. "A dieta prioriza os laticínios com baixo teor de gordura, além de indicar o uso do óleo de canola no lugar do azeite", explica o endocrinologista.


Outro benefício da dieta nórdica é o bom funcionamento do intestino. "Vale destacar os cereais integrais, como cevada, aveia e centeio, que são boas fontes de fibras e auxiliam no trato intestinal", explica Colombo.


Alimentos permitidos na dieta nórdica

Simplicidade é um dos pontos-chave da dieta nórdica, que prioriza um cardápio rico em frutas, verduras e legumes. "A dieta nórdica e parecida com a dieta mediterrânea no sentido de que é composta por alimentos íntegros, em especial os peixes gordurosos, que são criados fora de cativeiros, como salmão e arenque", destaca a nutricionista Natália Colombo, professora da Pós-Graduação de Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional (SP).


O endocrinologista explica que esses peixes são ricos em ômega 3, um tipo de gordura que diminui o colesterol ruim e, além do coração, protege o cérebro e previne doenças oculares. "Como no Brasil nós não temos o arenque, uma opção para substituí-lo é a cavala", aconselha o médico.


Os temperos também ganham destaque no plano alimentar nórdico, que valoriza ervas frescas e especiarias que também potencializam a saúde. Alecrim, manjericão e sálvia são boas opções para o preparo de peixes assados.


Ficam de fora do cardápio os alimentos ricos em açúcar (refrigerantes e sucos industrializados), alimentos com aditivos alimentares (corantes, estabilizantes, aromatizantes), alimentos de fast foods, alimentos ricos em gorduras e massas.


Dieta nórdica realmente emagrece?

Mas o que todo mundo quer saber é: a dieta nórdica emagrece mesmo? "Sem dúvida! Porque ela e baseada em alimentos íntegros que vão nutrir o corpo e, com isso, promover maior saciedade e disposição", garante a professora de Nutrição Funcional.


Na hora de montar o prato, a dieta nórdica se baseia em alimentos com função antioxidante e anti-inflamatória. "Esses alimentos ajudam ainda mais na perda de peso. Deixar de comer ultraprocessados e alimentos ricos em açúcar também são dicas recomendadas pelos nórdicos", reitera.


Vale ou não fazer?

Como prioriza o consumo de alimentos integrais e valoriza o que a natureza nos oferece, a dieta nórdica também é uma boa opção para a saúde. "Não é por acaso que ela foi indicada pela Organização Mundial da Saúde como uma opção segura", pontua Freigi Filho.


Como no Brasil nós vivemos em um clima bastante diferente dos países nórdicos, alguns ajustes precisam ser feitos. "As frutas vermelhas que são muito consumidas por lá, pelo fato de serem típicas daquela região e clima, acabam sendo muito caras e difíceis de encontrar no Brasil. A sugestão é que sejam substituídas por jabuticaba e açaí, por exemplo, que são ricas no mesmo tipo de composto antioxidantes", considera Colombo.


Se você está em dúvida se vale ou não fazer a dieta nórdica, a nutricionista Natália Colombo responde: "Por se tratar de uma alimentação saudável e equilibrada, vale sim!"

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